segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mãe

Estava tonta, como se alguém estivesse brincando de roda comigo, só que praticamente correndo em círculos. E também sentia como se o meu corpo estivesse caindo. Que sensação horrível.
Mas quando você pensa que a situação não pode piorar, eu caio no chão, e apago.
Abro os olhos, assustada. Desbloqueio meu celular para ver que horas são, 04h30min. Nossa que legal! Acordei no meio da madrugada, por causa se um sonho totalmente ridículo.
Olhei pra minha janela e continuei a dormir.
Acordo com um pulo, era o meu o alarme do celular, 05h40min. Nossa que animação, tinha que sair da quente e aconchegante cama, para se arrumar, e pegar um ônibus pra escola.
Uma manhã normal, pessoas normais, vida normal.
Só poderia estar entrando de TPM, porque a o desanimo estava tomando conta. Só tinha vontade de escutar uma boa música, e sair correndo sem rumo.
Cheguei em casa, o cheiro na cozinha, estava de dar água na boca, minha mãe já tinha posto a comida na mesa.
Na minha frente avistava uma mulher linda, guerreira, amada. Quem era? Minha mãe. Ela era realmente uma mulher maravilha pra mim. Não sei descrever, mas o amor que sentia por ela era imenso. Ela estava do meu lado pra tudo, sempre me dando aquele colo fofo, e me colocando no caminho certo. Fazia de tudo por mim. Tinha orgulho dela.
Então larguei a mochila no chão e fui dar um abraço forte naquela mulher baixinha, de cabelos ondulados castanhos, com olhos arredondados cor de mel.
Mas hoje percebi que o seu olhar estava diferente, meio triste, e tentando esconder o problema, o seu rosto estava estampado com um sorriso pouco convincente.
O que tinha acontecido? Devia ser coisa dela, pois não me contava a custo de nada, havia acontecido alguma coisa.
Poxa vida,  não aguentava vê-la desse jeito. Será que foi culpa do meu madrasto? Ele era repugnante. O que a mulher maravilha tinha visto num homem total de segundas intenções? Como sabia disso? Era só conversar com ele por 5min, sempre se resumia em: Carros, mansões, e traquinagens.
Com certeza, tinha que leva-la ao oftalmologista.
Ou para tirar o desânimo, um banho de compras. Ou talvez um velho e bom amigo, livro.
Não aguentei, ela passou a tarde toda em outro mundo, seu olhar era distante. Já estava pensando em ligar para Rasputin (madrasto) e saber o que estava acontecendo com minha mãe
Briga de marido e mulher não se discute, isso mesmo. Mas quando essa mulher é sua mãe, acho que pode quebrar esse ditado.


Esse texto foi em homenagem a minha linda e amada mãe.
                                                                                              

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