sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amizades

Ás vezes penso como seria se não tivesse amigos. Como seria eu já tenho uma ideia:horrível. 
Pra quem ia desabafar quando  estivesse quase explodindo? E não ia ter aquele ombro amigo, pra poder chorar, e se apoiar para não cair.
O que fico mais triste é que por causa de uma fofoca, amigas de infância, passam a ser apenas conhecidas. Simplesmente se distanciam, e pronto. Colocam um ponto final na história sem se quer explicar o porquê disso.
Por isso, quando estiver angustiado com alguma coisa, que é semelhante ao seu amigo, faça o esforço de não fofocar com outras pessoas antes, e sim vá direto falar com ele.  Pode ser tolice, mas não é. No começo é difícil falar tudo cara a cara, mas depois você vai exercitando isso e pronto.
Me preocupo muito com essas briguinhas internas, e uma amizade pode terminar apenas por um mau entendido.
O que seria de mim sem um ombro amigo? Sem aquelas tardes de amigas? Sem aquelas conversar que não chegam a lugar nenhum? Sim conseguiria viver sem, mas ia ser triste. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Não identificado


Finalmente chegara o fim de semana; não aguentava mais ver cadernos e livros na minha frente. Vou confessar; não sou fanática por estudos. Um dos fatores é porque fico muito nervosa, preocupada. Outro é que uma prova pode se transformar num pesadelo pra mim. Não sou eu quem provoca isso, é algo aqui dentro.
Precisava ver pessoas diferentes, sair um pouco da rotina. Mas o que? Não iria ligar pro meu melhor amigo, não gosto de ser muito grude.
O sol já estava quase se pondo, como gostava muito de ver o crepúsculo, fui correndo pra praia, não tinha nada melhor pra fazer mesmo. Os tons laranja avermelhados do céu já estavam sendo tomados pelo começo de um azul marinho, com fofas nuvens que me lembravam algodão-doce.
Vesti meu jeans, retoquei a maquiagem e saí sem rumo. Estava à procura de algo animado. Talvez uma balada, ou um barzinho com música ao vivo, quem sabe. Foi quando meu celular começou a pitar, havia recebido uma nova mensagem, já de dedos cruzados pra não ser mais uma das várias mensagens sem identificação. Só podia ser o meu dia de sorte, era de Daniel, queria me ver, então sugeri irmos num barzinho, eu sei que ele preferia algo mais calmo.
Nos encontramos ás 20horas.
Quando cheguei, logo avistei meu bff curtindo a música, sentado numa mesa de dois lugares.  Sim, eu estava perdidamente apaixonada por ele, e só fui descobrir a pouco tempo.
A noite foi ótima, conversamos de tudo um pouco, rimos muito um do outro, pra variar.
Dani me levou em casa, então o convidei para entrar. Como sempre na televisão não estava passando nenhum filme que me agradasse.
Já estava um pouco tarde, foi quando ele começou a me olhar de um jeito comovente, com um sorriso malicioso estampado no rosto. Estava ficando com medo, admito. Porque ele nunca tinha me olhado daquele jeito antes, e não parecia ser o Daniel que conhecia desde pequena.
Então troquei de canal, e fiquei assistindo fingindo ignorá-lo. Mas tava doida pra saber o que aqueles olhos olhavam tanto.
Foi quando ele pegou na minha mão e disse que estava querendo me dizer uma coisa a tempo. Minha reação a isso, quase morri de tanta preocupação, porque ele não conseguia, ou não queria me contar, e parava quase no porto da conversa.
Então deixei ele, na hora certa me contaria, eu espero.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dança

Na escola apresentamos um trabalho em que o objetivo principal era dançar, se mexer. Neste me ajudou a quebrar algumas barreiras como, por exemplo, a timidez, a insegurança, e etc. Com muito treino o grupo em que participei conseguiu um resultado ótimo, pelo menos todos aqueles ensaios valeram alguma coisa.
Com a dança percebemos como existem muitos estilos musicais, o sertanejo, o pop, o rap, o jazz, e etc.
Infelizmente antes e no começo da apresentação estava um pouco nervosa, mas como sabia a coreografia, não tinha porque ficar assim. Então deixei o ritmo da música me levar.  Mas por outro lado se tivesse ficado toda tensa, com vergonha e insegura, teria um desempenho péssimo e tudo teria desandado.
As coreografias dos outros grupos foram ótimas, um ritmo de dança diferente do outro. Foi do sertanejo ao pop. Gostei muito da experiência.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Laços familiares

 Acordei assustada, com o despertador apitando. Poxa vida, que coisa. Porque não poderia ficar dormindo pra sempre, ou simplesmente desaparecer com o vapor? Assim meus “problemas” iam se resolver, e pronto. Mas acho que não ia conseguir viver sem a família e o Dani. 
Um dia normal, escola, casa, estudar e Dani.
Quando voltei da escola, durante o almoço, comecei a pensar no meu bff , será que estávamos  confundindo esta amizade com outra coisa? Na verdade a nossa amizade não era mais amizade, era um sentimento forte, algo sério. Não conseguíamos deixar de nos ver por dois dias, isso era estranho. Estava gostando dele? Não é possível, ele sempre foi o meu quase-irmão.
Passei a tarde estudando, estava em semana de provas, e tinha que me sair muito bem no exame de matemática. Foi quando comecei a relembrar daquele sonho no qual estava no País das Maravilhas, com números correndo atrás de mim, o que a matemática não fazia comigo? Nem era tudo isso, mas podia ter seis cabeças.
Estava engordando, mesmo com as minhas 2horas cotidianas de academia, comendo direito, e ainda crescia pros lados, não entendo isso. Então como já estava no fim da tarde, carreguei meu Ipod e fui correr pela praia do Campeche mesmo, era no final da rua, não ia perder a oportunidade. Mas também, me perdia nesse imenso mar, eram tons que não sabia distinguir, azul-verde, e os raios do sol refletindo no mar, pra que mais bonito?
Havia um tempinho que estava correndo, não só por estar um pouco cansada, mas porque já estava ficando escuro, e tinha medo de escuro, ainda mais na praia do Campeche, sim, era perigoso.
Então resolvi voltar pela Pequeno Príncipe, correndo, pois na boca dos barzinhos se não fosse inteligente, poderia acontecer qualquer coisa, vamos combinar, em todo lugar tem alguém para atrapalhar, ou um buraco para tropeçarmos e cairmos.
Faltava só mais um pouco pra chegar na minha rua, quando percebi que estava sendo perseguida, minhas pernas já estavam todas tremulas, o meu rosto, devia estar pálido. Estava
tentando pensar o quanto amava o Dani, e a minha vida, e que não ia acontecer nada de errado agora. Sentia que a coisa estava chegando mais perto. Então coloquei a música A cor do teu olho, do Armandinho, que me acalmava muito, e deixei rolar. Já estava começando a completamente voar, e chorar ao mesmo tempo, sim era muito medrosa e desesperada. Foi quando escutei alguém chamar o meu nome “Alessandra!”.Era a voz do Dani, mas de repente quem, ou o que me chamava sumiu. Se é que não era coisa da minha cabeça.
Finalmente cheguei em casa, tomei um copo de água e tentei me acalmar, relaxando um pouco no sofá, preferia bem mais passar uma hora a mais na academia, do que passar por isso novamente.
 Liguei pro Daniel vir na minha casa, esse era um dos jeitos mais rápidos de voltar ao estado normal de novo. Mas ele não atendia o bendito do celular, nem o telefone fixo. Não me abandone! Então resolvi ligar pra Ana Paula, minha irmã, “Oi, quer vir aqui em casa? Tenho coisas pra te contar”, então disse que já estava a caminho.
Contei tudo, e ela quase teve um treco, ainda mais na região em que moro, minha irmã quase me espancou quando soube que me aventurei andar por aí, nessa hora.
Sim ela era um pouco exagerada, mas de um jeito estranho entendia essa preocupação toda.
Convidei para tomar um café numa padaria perto de minha casa. E colocamos o papo em dia, sentia falta de morar junto dela.
Finalmente tinha arranjado um emprego fixo, era piloto particular, de uma pessoa importante, a qual não lembro o nome. Desde pequena era o sonho dela trabalhar no ramo da aviação.
Com o tempo tudo se resolve uma frase que gostava muito de citar.
Mesmo assim, ainda estava angustiada, queria saber se tinha alguém me espionando, ou se essas coisas estranhas eram coincidências, ou apenas frutos da minha imaginação fértil. 

Granja do Solar

Abri os olhos sem a menor vontade, tinha barulho, logo o pessoal da Granja estava todo acordado. Senti um cheiro do café da manhã, delicioso, fazendo me abrir o apetite.
Após a refeição, disparei.
Corri como se não houvesse o amanhã. O que mais gostava de fazer era isso. Era muito preguiçosa para trabalhar como o resto dos outros. Não só por isso, mas via as coisas na Granja de um jeito muito diferente. Sabia que tinha alguém por trás de tudo aquilo, nos manipulando como marionetes, a troco de que?
Ainda estava por lá porque recebia comida, e tinha um lugar quentinho e seguro, para dormir. Não tinha muitos amigos, admirava Mimosa, e muito. Não sei o porquê, acho que era o seu jeito burguês de ser. Ela estava sempre com aquela fitinha, rosa bebê na cabeça, era tão meiga. Mas ás vezes passava dos limites, se não estivesse com o laçinho na cabeça e com os cascos limpos, não parava de reclamar. De um jeito estranho, mas Mimosa me entendia.
O final de tarde era sempre o momento do dia no qual mais gostava. Não sei se eram os tons de laranja avermelhados, ou a temperatura, que me agradavam mais, ou talvez porque estava chegando perto da hora do jantar. Só era magra porque o dia inteiro ficava correndo, e brincando. Sinceramente não sei como ainda não era uma bolinha de pêlo.
O Senhor Jones ou Napoleão, no meu ponto de vista estavam armando alguma coisa, mas humanos e animais não podiam se comunicar, pelo menos eu acho. Ou poderia estar totalmente errada.
Não sei pra que, mas o pessoal da Granja estava construindo um Moinho de vento, eu é claro, não ia fazer o menor esforço para ajudar-los, também não era de interesse meu.
Finalmente, o cardápio de hoje tinha mudado, jantamos uma carne que não identifiquei, mas estava muito apetitosa, e bacon. Pra quê melhor? O pessoal não me enchia o saco, por apenas dormir e comer, e ainda ganhava abrigo.

 Esse texto fiz baseado no livro " A revolução dos bichos" de George Orwell. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Party In The U.S.A

Na escola realizamos um trabalho sobre os Estados Unidos. Foi realmente um trabalho o qual me fez refletir. Porque quando era pequena, pensava que nos EUA era tudo “lindo”. Mas as coisas não são bem assim. E naquela época era uma das várias pessoas que pensam que é tudo como num conto de fadas. Teve um trabalho em especial, que mostrava como as pessoas imaginam os EUA, e como ele realmente é. Porque não é tudo como na Disney, em que  os lugares são todos limpinhos, e todos te respeitam e te acolhem bem.
Sim eu sei que os Estados Unidos é uma das grandes potências mundiais, e que ele é o “Pai do mundo”. Porque o padrão do mundo é americano as marcas, os estilos musicais, as séries de TV, o modo de viver, e etc. Isso tudo tem um nome, globalização.
E não me venha dizer que na sua vida não é assim, porque eu sei que é.
A maioria das pessoas que ainda pensam que é tudo cor-de-rosa nos states, não só porque  é desatualizada e meio viajona, mas também uma grande parte é obra da mídia, que fantasia demais as coisas.
Acho que a professora devia fazer mais trabalhos assim, para nos ajudar a abranger nossos conhecimentos sobre e claro, nos conscientizar. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O nevoeiro

Estava escurecendo, e ainda não tinha ido tomar banho. Nossa que isso! Eu com preguiça, até de tomar banho? Ok tinha acabado as minhas 2horinhas cotidianas da academia, meu cabelo estava totalmente molhado, o corpo então, nem se fala, todo melado de suor. Sim eu tinha que tomar banho! Procurei meu pijama rosa de coelhinhos, e fui direto pro chuveiro. Precisava de algo que me acordasse, pois tinha que revisar a matéria de matemática, se não estivesse animada o suficiente, dormiria em cima do livro e do caderno.
Liguei o chuveiro, esperei esquentar um pouco, entrei. Estava totalmente viajando, pensando na escola, em Daniel, na minha irmã, chateada por não conseguir um emprego, e com os meus “probleminhas” de adolescente. Havia passado algum tempo, as paredes do banheiro estavam todas úmidas, olhei pro teto, um nevoeiro.
Então me veio à cabeça um pensamento completamente maluco, por não conseguir mais ver o  reflexo no vidro do Box, imaginei-me sumindo. Como se eu estivesse morrendo, desaparecendo, a cada minuto.  Ui, como a minha cabeça dava grandes e boas voltas, como tinha uma imaginação fértil!
Tinha ficado uma hora no banho, que desperdício de água, conseguia consolar-me um pouco, pois não sou daquelas pessoas ignorantes, que ficam horas e horas no banho.
Fui direto pro quarto, comecei a refazer uns exercícios, os quais a professora havia corrigido na última aula, admito, estava com dificuldades ainda. Começou a ficar tudo embaçado, não é á toa, era quase meia noite. Os números estavam todos se embolando, meu pensamento, todo confuso.
Acordei em cima da escrivaninha, com a marca do caderno e do lápis no rosto. Quando estava passando o uniforme, lembrei-me do que tinha sonhado. Parecia o filme da Alice no País das Maravilhas, baralho, Rainha de Copas, mas também tinham vários números correndo atrás de mim. Comecei a rir de mim mesma, como era tola.
A aula passou num piscar de olhos, também, artes, educação física e aula de leitura, quem não gostava?
Quando cheguei em casa tinha recebido uma mensagem do Dani, “ Linda, tão lindaaa! Eu preciso te ver moça, faz falta ás vezes sabia? Com quem vou desabafar? Passo na sua casa 14horas que tal?”. Com um sorriso estampado em meu rosto, respondi “Claro, não precisa nem pedir Dani, pode vir”. Voei pela casa, dei uma arrumadinha básica, meus gatos, Piquitita e Mio, faziam uma tremenda bagunça.
Escutei Dani me chamar no portão, fui saltitante abrir. Ele estendeu os ursos braços, e nem preciso repetir, era o melhor de todos.
Passamos a tarde toda, falando abobrinhas, mas tinha algo de errado, por ser o meu bff, sabia de longe. Ele me encarava com seu par de olhos mel, que no sol viravam verdes, tão intensamente que até me arrepiava. Poxa vida, pra que? Só pra me deixar curiosa e preocupada? Isso me deixava realmente furiosa.
Ele foi embora ás 19:30, pois as 21horas começava a faculdade.
Fui me arrumar para dormir, eram mais ou menos 22:55, por aí. Quando recebo uma mensagem, desbloqueei o celular e li “Desse jeito, fica fácil, sweet girl, -D”, que legal, mais uma pra minha coleção. Estava sozinha em casa.
O que me deixou com medo.
Coloquei meu pijama de coelhinhos, e fui direto pra cama, com um frio na barriga, como se tivesse borboletas no meu estômago. 

Máscaras queimadas


Um navio rumo à Argentina
Com um tropeço,
Afloraram muitas risadas.
Um príncipe de armadura reluzente
De beijos e amassos
Rendeu uma grande paixão
Mas será que tudo era Fantasia?
Não sabe como
Mas uma doença pode mudar
A sua vida
De repente tudo fica escuro
As máscaras caem
E tudo
Vira de cabeça para baixo

No céu, um arco-íris
Com tanto preconceito
E dor
Brota um botão
De uma rosa
Cheia de espinhos
Rumo aos EUA
Retiro os espinhos
Dos meus dedos
E sigo em frente





Esse foi um poema que fiz na sala de aula, sobre o livro "Depois daquela viagem".